sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Codex Giga, A Bíblia do Diabo

O que leva alguém a negociar com o diabo? E mais importante qual o valor de uma alma e o que poderia ser recebido em troca dela? 
Na literatura, Fausto vende sua alma em troca da vida eterna, mas aprende da maneira mais difícil que a eternidade pode ser um pesadelo, ele vive para lamentar a barganha. O músico norte-americano Robert Johnson supostamente vendeu sua alma para se tornar o maior de todos os guitarristas de blues, mas foi amaldiçoado para sempre.
Para um monge da Bohêmia que redigiu as linhas do lendário Codex Gigas (pronuncia-se GUI-gas), obra também conhecida como "Bíblia do Diabo", a barganha envolveu trocar sua alma pela oportunidade de escrever o maior livro do Mundo Medieval.

A aura de mistério que envolve esta incrível artefato apenas se aprofundou nos últimos séculos, quando o imponente tomo, cujo nome se traduz literalmente como "Livro Gigante", continuou atraindo o interesse e despertando a curiosidade de todos que lançaram os olhos sobre ele. E não é de se admirar que o livro chame tanta atenção.

O Codex Gigas é o maior documento medieval conhecido. As páginas de velino grosso e amarelado foram supostamente confeccionadas com a pele esfolada de 160 burros que deram origem a um livro com notáveis 92 cm de altura, 50 cm de largura e 22 cm de espessura. As 310 páginas que o compõem são encerradas em uma volumosa encadernação com capa de madeira, couro reforçado e detalhes metálicos. O volume é tão pesado que são necessários dois bibliotecários para manuseá-lo.

O  manuscrito teria sido escrito no século XIII por um monge beneditino que vivia num isolado mosteiro em Podlažice na região da Bohêmia, que hoje corresponde a República Tcheca. Não se sabe quem foi seu autor e esse aliás é um dos grandes mistérios que cerca a obra.
Existe uma lenda muito antiga sobre a criação do Codex Giga. Segundo essa lenda, o responsável pelo trabalho foi um monge rebelde que rompeu com o rigoroso códigos de sua ordem. Por suas atitudes ele foi condenado a ser emparedado vivo em uma cela. Para evitar a agonia de morrer de fome e sede, o monge se comprometeu com seus superiores a escrever um tratado que glorificaria o nome da ordem para sempre. Esse maravilhoso livro deveria reunir todo o conhecimento humano em suas páginas e ser uma obra definitiva de erudição e sabedoria. Havia, no entanto, uma condição bastante específica: o monge teria apenas vinte e quatro horas para completar a tarefa.
Imediatamente ele se pôs a compor uma vasta bíblia com uma caligrafia rebuscada e firme. Cada página de velino deveria ser decorada com belíssimas iluminuras feitas com uma tinta vibrante nas cores vermelha, azul, amarela, verde e dourado com um grau de detalhismo surpreendente. O religioso pensou que fazendo um trabalho extraordinário poderia convencer seus colegas a lhe poupar.

Diz a lenda que próximo da meia-noite o monge concluiu que não poderia completar sozinho a tarefa hercúlea. Desesperado, ele invocou o diabo implorando que este o ajudasse a terminar o trabalho no prazo estipulado. O demônio teria surgido no interior da cela e concordou em cumprir sua parte em troca da alma do monge. Sussurrando no ouvido do pobre coitado as palavras que deveriam ser escritas, o trabalho se intensificou: textos inteiros começaram a surgir nas páginas antes vazias, imagens detalhadas abrilhantavam cada folha, trechos de poesia se escreviam sozinhos e passagens das sagradas escrituras se multiplicavam. O diabo, além do preço pactuado, exigiu mais uma condição, uma grotesca imagem deveria ser incluída na obra. Na página 290 do tratado há uma ilustração de página inteira com uma figura sinistra identificada como um retrato do próprio demônio. Ironicamente, na página ao lado encontra-se uma ilustração do Paraíso criando uma contradição. Para alguns esse elemento alude ao fato de que Paraíso e Inferno co-existem lado a lado em uma espécie de equilíbrio perene. 

Com a ajuda do demônio, o monge conseguiu completar a obra e antes do surgimento dos primeiros raios de sol, o manuscrito estava pronto. Maravilhados com o resultado, e considerando que aquilo so podia ser uma inspiração divina, os monges libertaram seu colega. Imediatamente ele deixou o lugar sem olhar para traz. Algumas lendas afirmam, que quando já estava longe, ouviu-se os gritos aterrorizados dos monges ao de deparar com a ilustração da página 290 onde contemplaram a imagem do diabo.

A lenda é claro, não responde muitas questões sobre o Codex.
A primeira e mais importante pergunta envolve a identidade de quem o escreveu. O que se sabe com certeza é que o modesto monastério de Podlažice não se notabilizou por produzir qualquer outra obra dessa grandeza. A própria biblioteca do monastério não era grande ou especialmente equipada. Muitos historiadores chegam a levantar suspeitas de que o tratado não tivesse sido redigido nesse lugar, ainda que em uma das primeiras páginas do Codex se confirme textualmente essa informação.
Alguns estudiosos supõem que o livro poderia ter sido adquirido de outro monastério por um abade interessado em dizer que o livro fora criado em  Podlažice e assim receber algum tipo de benefício da diocese. Mas essa hipótese encontra fortes objeções já que não havia muitos outros monastérios na região e transportar uma obra desse tamanho poderia ser não apenas trabalhoso, mas arriscado dado seu valor. Além disso, como os monges fariam para pagar um volume tão caro?
Supondo-se que o Codex Giga foi criado atrás dos muros de Podlažice é preciso imaginar como o trabalho foi realizado. Produzir uma manuscritos envolve um trabalho grandioso que podia demorar anos para ser concluído - isso excluindo a ajuda providencial do diabo.

Para alguns, a criação do Codex pode ter sido uma empreitada que envolveu todos os monges do monastério o que consumiu vários anos de trabalho concentrado. O objetivo poderia ter sido atrair o interesse da diocese através da obra e receber assim mais fundos. Isso talvez explique porque o monastério não produziu outras obras ao longo de sua existência, já que todos estariam envolvidos no mesmo projeto.

Mas se o livro decorre de um esforço comum deveria constar alguma menção a isso o que não é o caso.
Outra dúvida é que se o livro foi concebido para ganhar o favor das autoridades eclesiásticas, porque acrescentar uma imagem medonha do grande adversário de Deus em uma das páginas? Não poderia essa imagem colocar tudo à perder? Curiosamente ao longo de sua estória, o Codex Giga atraiu muitos interessados em estudar seu conteúdo, mas felizmente a Inquisição jamais cogitou destruir o volume, apesar do conteúdo polêmico de alguns capítulos.
Finalmente, há algo ainda mais curioso à respeito do Codex Gigas e que envolve a autoria do volume. Grafologistas concluíram que todas as 310 páginas foram escritas pela mesma pessoa, ou seja, o trabalho laborioso de copiar cada trecho foi pacientemente realizado por uma única mão. Sabendo que cada página de um livro desta natureza pode demorar muito tempo para ser concluída é surpreendente que o trabalho decorra de um mesmo indivíduo. Os especialistas atestaram que a caligrafia apresenta mudanças perceptíveis ao longo das páginas, apontando para a possibilidade do escriba ter envelhecido e perdido um pouco da firmeza com que copiava as palavras com o passar do tempo. Para os especialistas a obra deve ter demorado algo entre 25-30 anos para ser terminada.
Outra descoberta que reforça a hipótese de um indivíduo solitário é que a tinta utilizada no tratado é basicamente a mesma do início ao fim. Nessa época, os próprios monges produziam a tinta que utilizavam em seu ofício e cada um tinha uma preferência. Estudiosos foram capazes de descobrir o responsável por um mesmo trabalho examinando a tinta usada por ele, quase como se cada monge tivesse uma assinatura própria de acordo com os ingredientes usados na mistura. No caso do Codex Gigas, a tinta foi produzida a base de ninhos de inseto triturados com betume, uma fórmula bastante específica e incomum.

As primeiras menções ao Codex Gigas datam de meados do século XIII, quando o monastério de Podlažice enfrentava sérias dificuldades financeiras. Para levantar dinheiro e continuar existindo, em 1477 os monges negociaram a venda do manuscrito para outro monastério mais rico próximo da capital, Praga. Infelizmente, Podlažice acabaria sendo destruído por doença e peste que varreu a Europa Oriental nessa mesma época. Dizem que nenhum dos monges do local sobreviveu a terrível epidemia. Logo que o documento foi transportado e acomodado na biblioteca da ordem que o adquiriu, esta também começou a perder recursos e enfrentar dificuldades. Esses dois acontecimentos juntos acrescentaram mais um detalhe a lenda do Codex Gigas, uma suposta maldição que recaía sobre todos que adquiriam o livro.

Incapaz de manter o tomo - e segundo alguns temendo as estórias que o cercavam, o monastério acabou doando o volume em 1594 ao Imperador Rudolfo II do Sacro Império Romano. Acredita-se que o erudito governante tinha um profundo interesse em alquimia e ocultismo e que desejava o livro desde que ouvira boatos sobre sua existência. Um cronista da época relatou que ao se deparar com a imagem do demônio, Rudolfo II sorriu enigmaticamente e comentou que o livro doravante seria seu tesouro mais valioso. Mas o livro não traria bons frutos ao imperador. Poucos anos depois seu comportamento sofreu uma drástica transformação, ele se tornou errático e paranoico vendo conspirações em todo canto. Declarado incapaz de governar acabou banido pela sua própria família.
O livro permaneceu na Biblioteca Real de Praga até que no século XVII, em meio a Guerra dos Trinta Anos a cidade foi invadida por tropas suecas. Em meio ao caos e destruição que se seguiu o acervo real foi saqueado e entre os itens removidos estava o Codex Gigas. O tomo foi levado para Estocolmo onde permaneceu desde então na Biblioteca Nacional daquele país.

Ao longo dos anos, o manuscrito recebeu uma enorme variedade de nomes que fazem alusão ao seu tamanho e ao famoso retrato do Diabo. Além da Bíblia do Diabo e Codex Gigas foi também chamado Codex Giganteus (Livro Gigantesco), Gigas Librorum (O Livro Grandioso), Fans Bibel (Bíblia do Demônio), Hin Hales Bibel ("Old Nick Bíblia") e Svartboken (o Livro Negro).

 O Codex Gigas é a única bíblia medieval conhecida onde existe uma imagem demoníaca, ao menos um demônio que não está sendo submetido pelo Anjo Gabriel. A figura é retratada semi-vestida com a tradicional pele de arminho real, uma óbvia conotação ao papel do diabo como monarca do inferno. Ele é  metade homem, metade animal, com garras, patas de falcão, e uma enorme língua vermelha. Os chifres são longos, brotando na cabeça bulbosa e desproporcional. O desenho mostra a figura diante de uma parede murada sem seus súditos ou escravos infernais. Muitos supõem que a imagem pode ser uma alusão a condição de aprisionamento do demônio no inferno e a impossibilidade dele ascender. 
Qualquer pessoa folheando o tomo acaba sendo eventualmente atraído para o enorme retrato do diabo na página 290, o que criou a impressão de que este é um dos pontos focais do livro. Ao longo da história, muitas pessoas também chamaram a atenção para o fato da página ser mais escura em comparação a todas as demais do livro. E que esta seria uma manifestação sobrenatural ocasionada pela representação diabólica ali retratada. Mas a explicação mais aceitável para esse fenômeno reside no fato de que a luz incidindo sobre a página em especial acabou por escurecer o velino.

O conteúdo do Codex Gigas inclui uma versão da Vulgata Latina, a tradução da Bíblia em grego para o idioma latim realizada no século IV. Além das passagens bíblicas completas, o Codex possui cinco grandes textos de cunho histórico e científico. Dois trabalhos do filósofo Flavius Josephus que viveu no século primeiro, as antologias Antiquities e Guerras Judáicas. Além disso, ele também apresenta uma versão da  Etymologiae, uma enciclopédia escrita por Isidoro de Sevilha e o tratado histórico "Chronica Boemorum" (Crônicas da Boémia) que relata a formação política daquela região. Ainda mais interessante é a existência de uma miscelânea de textos exclusivos versando sobre medicina, uso de ervas, tratamentos para doenças perigosas, realização de magias, rituais de purificação, penitências, exorcismos e outras noções práticas para eruditos. 

Como não poderia deixar de ser, um livro conhecido como "A Bíblia do Diabo" naturalmente se torna uma espécie de para-raios de superstições e narrativas bizarras. Uma das mais conhecidas lendas diz que quando o livro é deixado fechado por muito tempo, acaba se abrindo por conta própria, sempre na mesma página... a do retrato do diabo.

Outra lenda ligada ao livro diz que alguns trechos escondem encantamentos diabólicos e rituais de magia negra que podem ser decifrados a partir do estudo de alguns trechos. Ler o livro em algumas noites pré-determinadas também seria nocivo, pois nessas datas específicas alguns trechos mudavam e incluíam louvores satânicos. Finalmente, a imagem diabólica teria a propriedade de permitir que o leitor se comunicasse com o próprio demônio ao encarar seus olhos por tempo suficiente e pedir uma audiência com ele.   

Passados tantos anos, a "Bíblia do Diabo" ainda mantém a sua aura mística. Prova disso é o sucesso de uma exposição organizada em 2007 que trouxe o Codex Gigas de volta a Praga, 357 anos depois dele ter sido removido.

Na ocasião, filas de curiosos se formaram na Biblioteca Nacional, todos ansiosos para ter um vislumbre do misterioso livro. E com certeza, muitos esperavam pela oportunidade de olhar nos olhos da misteriosa imagem e saber se as lendas podem ser verdadeiras...


No Smoking!


Lembra-se dos velhos "cigarrinhos de chocolate"? Eram deliciosos. Numa era em que o politicamente correto ainda não era algo imperativo, ninguém ligava se era certo ou não por uma criança com um cigarrinho na mão (se bem que hoje elas fumam coisas bem piores!). E ficar com um cigarro de chocolate não induzia ninguém a ser fumante.

O problema não é o chocolate parecer ou não com um cigarro, o problema é o pai ou a mãe fumar na frente de uma criança que os tem como referência, também não saber com quem o filho anda e depois descobrir que ele está fumando o normal ou o do capeta.

Lei que proíbe produtos em forma de cigarro para crianças é sancionada: http://abr.ai/1cEJ8aC

sábado, 30 de novembro de 2013

A Batalha de Los Angeles


Em 25 de fevereiro de 1942, ocorreu um dos mais impressionantes casos ufológicos da história, tendo como testemunhas diretas milhares de pessoas na região de Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

Para entender a importância deste evento vamos, antes de qualquer coisa, analisar o contexto da época em que o fato ocorreu. Desde 1931, o Japão vinha mantendo uma política agressiva para com a China. Em 1937, começou uma guerra em larga escala entre os dois países resultando em uma invasão em larga escala do território chinês, por forças japonesas. Com a elevação do moral japonês a ambição e a confiança  tomaram conta da cabeça dos lideres japoneses. Assim, as produções bélicas japonesas aumentaram ainda mais com a construção de aviões, porta-aviões e outros materiais bélicos, já preparando uma guerra em larga escala.

Os Estados Unidos enviaram uma pequena força de combate em apoio à China. Os "Flying Tigers". Além disso, cortaram o fornecimento de petróleo e aço aos japoneses prejudicando suas operações contra a China. Esse foi apenas um dos motivos para o ataque japonês à Base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. do ponto de vista estratégico, o ataque possibilitaria tempo aos japoneses para a invasão de ilhas no Pacífico Sul, para a obtenção de matérias primas para alimentar a máquina de guerra.
 
Como o ataque à Peal Harbor, a Segunda Guerra torna-se de fato mundial, com o envolvimento de todos os continentes. Nos Estados Unidos decretou-se estado de guerra, iniciando-se o treinamento e embarque de soldados para os chamados Teatros de Guerra. Foram estabelecidos sistemas de defesa aérea e naval, para impedir quaisquer operações militares sobre os Estados Unidos. Uma destas defesas consistiam no estabelecimento de vários postos de defesa munidos com canhões antiaéreos. Para operação noturna foram disponibilizados potentes holofotes permitindo a contínua operação destas armas. A defesa naval, por sua vez, utilizava as ilhas de San Miguel, Santa Rosa, Santa Cruz, Santa Catalina e San Clemente como base apoio.

A Batalha

Todo essa força bélica, e milhares de soldados operando estes equipamentos nada puderam fazer durante o misterioso episódio ocorrido nas primeiras horas da madrugada de 25 de fevereiro de 1942. Milhares de moradores da região acordaram com sirenes ou com os disparos do Grupo de Defesa Aérea. Calcula-se que em toda a região haviam aproximadamente 12 mil residências onde os moradores, apavorados, testemunharam o impressionante episódio. No dia seguinte moradores, militares e governantes estavam assustados. Depois de milhares de disparos direto contra o alvo localizado, nada foi derrubado. Vários automóveis e residências danificados por estilhaços dos disparos. Três pessoas morreram atingidas por estes estilhaços e outras três morreram por ataques cardíacos.

As autoridades militares não sabiam o que informar à população. Ocorreram várias declarações, conflitantes entre si, mas o mistério permaneceu. Até hoje não se tem uma estimativa exata do numero de objetos envolvidos no incidente. Algumas pessoas declaram terem observado um único objeto que voaria a aproximadamente 300 Km por hora. Outros afirmaram que eram vários objetos luminosos. Houve quem afirmou ter visto várias esquadrilhas com objetos de tamanhos variados sobrevoando a região. Torna-se difícil, hoje em dia separar relatos sérios de afirmações embaladas na histeria daquele dia. Houveram também depoimentos a respeito de aeronaves de caça do 4º Esquadrão de Interceptação teriam decolado para repelir os invasores. Os militares, entretanto negaram este afirmação.

Depois de inúmeras contradições, os militares afirmaram que o episódio originou-se em uma operação coordenada do Japão, através de aeronaves, com o apoio de um submarino, com o objetivo de causar medo e diminuir o moral do país na guerra, encerrando a questão por aí. Eles citaram inclusive um possível ataque de um submarino em 23 de fevereiro em uma instalação de armazenamento de óleo nas proximidades de Santa Bárbara. Entretanto, se observarmos todos os detalhes referentes ao estranho episódio conclui-se que tal desculpa é inconsistente.

A chamada Batalha de Los Angeles começou na noite de 24 de fevereiro quando várias pessoas identificaram estranhos objetos luminosos nos céus. Algumas pessoas entraram em contato com a Brigada de Artilharia Costeira, responsável pela defesa aérea na região. Os objetos foram captados por radares e acompanhados detidamente pelos militares. Estes objetos adotaram uma formação em V, padrão utilizado por aeronaves militares. Em função disso, por volta das 2:25 hs foram acionadas as sirenas de alerta para ataques aéreos. Foi ordenado um blackout em toda a região e os holofotes foram ligados. Pilotos de combate foram posicionados para decolarem quando fosse necessário.

Às 3:16 hs, a 37º Brigada de Artilharia Costeira identificou os OVNIs e começou a disparar contra eles, utilizando dezenas de baterias antiaéreas com munição 12.8 libras. Foram efetuados 1440 disparos até por volta das 4:14 hs. Os objetos deslocaram-se da região de Santa Monica para Long Beach, percorrendo todo o trajeto em 20 minutos. O blackout e o alerta somente foram retirados às 7:21 hs.

No dia 26, os jornais de todo o país estamparam a notícia do alarme ocorrido em Los Angeles e publicaram numerosos depoimentos de testemunhas, inclusive de repórteres locais que testemunharam todo o episódio. Bil Henry, do Los Angeles Times declarou: "Eu estava muito longe do local, sem poder identificá-lo. Eu aposto que havia numerosos disparos sobre o objeto". Peter Jenkins, do Los Angeles Herald Examiner, declarou: "Eu podia ver claramente a formação em V, de cerca de 25 aeronaves prateadas movendo-se lentamente sobre Long Beach".

As tentativas de explicação

Diante de tanta exaltação pública, o então secretário da Marinha, Frank Knox, convocou uma coletiva de imprensa onde afirmou que todo o episódio tratou-se de um alarme falso ocasionado por tesão de guerra. Alguns jornalistas presentes não aceitaram a explicação e suspeitaram que algum tipo de acobertamento estava ocorrendo. No editorial do jornal Long Beach Independent, lia-se: "Existe uma misteriosa reticência envolvendo o assunto e parece haver alguma forma de censura que está tentando segurar as discussões sobre o fato".

No dia seguinte, o Secretário de Guerra, Stimson declarou que haviam 15 aeronaves não identificadas envolvidas, deslocando-se a 300 km por hora, mas que nenhuma delas foi abatida. Ele afirmou que seu objetivo era impor o medo e baixar a moral do povo americano. Como os mares eram constantemente vigiados tanto por navios de guerra quanto por aeronaves, a possibilidade de tratar-se de um ataque a partir de Porta-Aviões estaria descartada. Especulou-se então que os japoneses teriam embarcado aviões no submarino observado em Santa Barbara, que teriam decolado e realizado sobrevoos em Los Angeles provocando todo o alerta. Se levarmos em conta os fatos chegamos à conclusão de que esta explicação é infundada. Primeiro vamos avaliar a possibilidade de cada uma das diferentes versões levantadas pelas autoridades militares americanas à época do fato.

A hipótese mais difundida pelos militares dos Estados Unidos é a de uma operação japonesa em larga escala com o intuito de espalhar o terror e afetar o moral americano. Podemos começar nos questionando o que causaria mais terror em uma população em tempos de guerra? Seriam aeronaves desconhecidas sobrevoando suas cabeças sem realizar ações de ataque, ou aeronaves desconhecidas bombardeando cidades supostamente seguras? Com certeza a segunda possibilidade seria a mais aterrorizante. Então nada justifica uma ação japonesa desta natureza, em um território inimigo, sem qualquer tipo de apoio, e sem que exista qualquer benefício posterior de tal ofensiva. Mas supondo que os militares japoneses optassem por realmente realizar uma ação não destrutiva em território americano. O meio mais rápido, fácil e eficiente seria através de Porta-Aviões que transportariam todo o pessoal necessário, combustível e demais equipamentos necessários para este tipo de operação. A autonomia dos caças japoneses da época não permitiria um voo direto a partir da base mais próxima, muito menos um sobrevoo e posterior retorno, sendo assim o uso de uma base aeronaval móvel seria indispensável. Levando-se em conta o fator estratégia de guerra, um Porta Aviões, devido à sua importância, jamais navega sozinho. Sempre existe um comboio de proteção. Em uma região constantemente patrulhada e vigiada por americanos, um comboio desta natureza não passaria desapercebido. Além disso, tamanha força de combate é mobilizada quando existe importância estratégica, ou seja, causar o máximo de prejuízos ao inimigo. Como vimos, o evento de Los Angeles não se enquadra nessa categoria.


Segundo o governo americano o ataque teria sido realizado a partir de um submarino japonês que no dia 23 teria atacado ao norte de Los Angeles. Durante a SGM, o Japão inovou e construiu uma nova classe de submarinos capazes de transportar entre um e três hidroaviões de ataque. O primeiro deles começou a operar militarmente em 21 de novembro de 1941 e transportava apenas uma única aeronave, modelo Yokosuka E14Y. No ataque do dia 23, apenas um unico submarino foi detectado, não havendo quaisquer indícios de outros submarinos na área. Se levarmos em conta o registro por radar de vários objetos desenvolvendo velocidades que variavam de 0 (estático) à 320 Km/h, e os inúmeros depoimentos de testemunhas que relataram a presença de vários objetos, podemos, podemos excluir um possível ataque japonês. Além disso temos o fato que após intenso fogo antiaéreo nada foi abatido, mesmo tendo sido visualmente atingido pelos disparos.


Uma segunda hipótese bastante difundida é referente aos balões Fugos engenhosamente utilizado pelos japoneses em ataques à grandes distâncias. Este tipo de balão transportava uma carga explosiva combinando minas, hidrogênio e dispositivos incendiários. Eles utilizavam uma corrente de ar, em altas altitudes que os transportavam para leste. Vários destes balões caíram em território americano, mas os danos causados foram mínimos. Aqui também podemos nos questionar sobre a ausência de destroços do alegado balão. Nada foi encontrado que reforçasse a idéia ter ocorrido um ataque com o uso de um Fugo.

A terceira hipótese e a mais correta é a de que se trata realmente de um objeto voador não identificado (OVNI), pois até hoje a natureza deste objeto é desconhecida.

O que permanece é o grande mistério sobre a origem do insólito objeto. Não era avião japonês e não era balão. Na famosa fotografia obtida na ocasião observa-se um objeto claramente discóide iluminado pelos holofotes. Tal objeto foi intensamente alvejado e saiu absolutamente ileso como que a zombar de nossas capacidades bélicas da época. Os governantes ficaram impressionados gerando o embrião do que mais tarde viria a ser conhecido como política de acobertamento.

“Era tão grande! Era simplesmente enorme! E estava praticamente sobre a minha casa. Nunca vi nada assim na minha vida! Disse, “Estava ali a pairar no céu e praticamente não se movia”


“Era de um encantador laranja pálido e a coisa mais bonita que poderá ver. Pude ver perfeitamente porque estava mesmo muito perto. Era enorme!”


“Foi como o 4 de Julho mas muito mais ruidoso. Eles dispararam como loucos mas nem lhe tocaram”.


“Nunca esquecerei como foi uma magnífica visão. Simplesmente maravilhoso. E que cor linda!”

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Caso Guarapiranga

Em setembro de 1993, a Revista UFO, em sua edição n° 25, publicou uma matéria sobre um homem que havia sido encontrado com estranhas marcas de mutilação em seu corpo, semelhante àquelas encontrada em casos de mutilações de animais em todo o mundo, freqüentemente atribuídas à fenomenologia de natureza ufológica, ou seja, aos tripulantes de OVNI`s. A matéria, de autoria de Encarnación Zapata Garcia, uma espanhola, radicalizada brasileira, percorreu o mundo, sendo aceita por uma parte da comunidade ufológica internacional e rejeitada por outra. O caso, polêmico nas comunidades investigativas ufológicas, veio a ser denominado "Caso Guarapiranga".

A Revista UFO ainda publicou duas outras matérias a respeito do caso, nas edições n° 32 e n° 37, de setembro de 1994 e abril de 1995. Nelas, Encarnación defende-se dos ataques céticos de ufólogos nacionais e internacionais. Alguns anos mais tarde, a Revista Arquivo EXTRA n° 1, de agosto de 1997, editada pelo ufólogos irmãos Mondini e Encarnación Zapata Garcia publicou uma matéria sobre o mesmo caso, praticamente repetindo a história, sem maiores detalhes. Recentemente o caso voltou a ser debatido nos meios nacionais, sendo que desta vez a mesma Revista UFO apresenta a investigação de Claudeir e Paola Covo (conhecidos opositores do caso) os quais afirmam ser o caso uma fraude. Seus estudos baseiam-se em fatos irrefutáveis, segundo crêem Claudeir e Paola, o que praticamente comprova a opinião deles. De qualquer forma, alguns pontos ainda ficaram sem explicação, algumas perguntas ficaram sem respostas e algumas alegações de ambos os lados permanecem questionáveis.

Este texto corre o risco de ferir o ego de alguns, mas vamos, de qualquer maneira, apresentar aqui os fatos para que você conheça todos os detalhes e intrigas relativas a este caso. Este artigo também poderá ser alterado com novas adições, - conforme a ocorrência casual de novas evidências que precisem ser mencionadas. Caso ocorra alguma alteração esta será devidamente registrada no fim do texto, com o decorrer do tempo.

Decidimos expor, inicialmente, os pontos favoráveis ao caso, demonstrando que realmente existem fatos não explicados associados a ele, e a sua semelhança com as mutilações de animais. Em seguida iremos apresentar as alegações contrárias à legitimidade do caso, as quais foram demonstradas através da pesquisa de Claudeir e Paola Covo. Em seguida, faremos alguns comentários finais.

O SURGIMENTO DO CASO: (Versão de ENCARNACIÓN ZAPATA)

Encarnación Zapata Garcia tomou conhecimento do caso através do conceituado médico paulista, o dermatologista Rubens Goes, que obteve informações dele através de seu primo (Rubens Silvestre Marques ) perito criminal do Governo de São Paulo, na época. Rubens Goes mostrou a Encarnación Zapata, as fotografias do corpo de um homem estranhamente mutilado, em cujo cadáver mutilado, ele percebera a semelhança com as marcas encontradas em animais comprovadamente mutilados por tripulantes de OVNI`s e registrados em todo o mundo pela casuística ufológica. Eram sete fotografias, coloridas do corpo do mutilado. Encarnación, então, ligou para o Dr. José Roberto Cuenca, promotor de Justiça do Estado de São Paulo, o qual era responsável pelo caso.

Foi então marcada um dia para uma entrevista. Através do Dr. José R. Cuenca, Encarnación quase conseguiu a fortuita exumação do cadáver. Infelizmente, ele já havia sido exumado e transferido para outro cemitério pela família do morto. Dois meses depois, entretanto, o Dr. Cuenca conseguiu localizar o processo do caso, e colocou-o à disposição de Encarnación.

Segundo a pesquisadora, o documento revelava que o cadáver fora encontrado em 29 de setembro de 1988, vestindo apenas uma cueca. Ele teria 40 anos e apresentava várias marcas pelo corpo devido à ação de urubus. Foi, então, instaurado inquérito policial para investigar-se o caso. O Boletim de Ocorrência (BO) afirmava que não haviam sinais de violência ou luta corporal.

Ainda, segundo Encarnación, o Corpo de Bombeiros improvisou uma maca para a retirada do corpo do local. Esta maca aparece no fundo das referidas fotografias. O Laudo do Corpo de Delito, também adquirido por Encarnación, trazia informações importantes a favor da legitimidade ufológica do caso.

A partir desse ponto iremos apresentar algumas fotografias para que todos possam ter uma idéia das características de uma mutilação animal clássica, com alguns comentários sobre elas. Em seguida apresentaremos as fotografias do caso em questão para que se possa analisar e comparar com as mutilações clássicas. Abaixo de cada fotografia do cadáver transcreveremos os respectivos trechos do laudo de necropsia realizado no cadáver.

Ainda segundo Encarnación uma Equipe denominada "F" teria investigado o caso. O delegado responsável por esta investigação uma carta ao diretor do Instituto Médico Legal (IML). Na carta lê-se: "Com referência ao Laudo n° (omitido), que reporta o exame necroscópico realizado no corpo da vítima, constata-se, dentro das perquirições médicas, a existência de hediondo crime. Contudo, aflora a dúvida, acerca da causa do exício, pois descreve-se a possibilidade de ter ocorrido manobra vagotônica e, conforme consigna-se no referido Laudo, vísceras foram retiradas foram retiradas do corpo mediante aspiração. Assim, faz-se mister parecer médico sobre o tipo de morte mencionada e instrumentos utilizados (1) Pelas lesões observadas, que tipo de instrumento poderia ter sido usado para causar a morte? Que tipo de instrumento causaria a aspiração referida? (2) As manchas que circundam os ferimentos caracterizam reação vital? (3) Poderia ter ocorrido a ação de animais junto ao corpo? (4) Existe nos registros da Medicina Legal ocorrências semelhantes?" Os médicos, segundo Encarnación, não puderam explicar as manchas de coloração escura que circundavam os ferimentos.

O Caso Guarapiranga permaneceu um mistério por vários anos. Os debates sobre o caso continuaram a ocorrer, o que levou Encarnación a escrever outra matéria para a Revista UFO, publicada na edição n° 32, de setembro de 1994. Nesta matéria ela não acrescentou nada de novo ao caso. A Revista UFO publicou ainda outra matéria sobre o caso na edição n° 37, de abril de 1995, onde Encarnación rebateu algumas críticas sobre o caso recebidas.

Ela cita Antônio Hunneus, que distorceu todo o caso em um artigo publicado nos Estados Unidos. Também nesta edição, Encarnación afirma ter estado em uma reunião na casa do ufólogo Claudeir Covo, cujo objetivo era a reestruturação da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB). Nesta reunião Claudeir apresentou à Encarnación um delegado que a notificou sobre sobre o Dr. Desgualdo que, segundo ele, havia realizado estudos sobre este incidente em particular um ano após o aparecimento do cadáver. Ele afirmava que a matéria publicada na Revista UFO era puro sensacionalismo e que o Dr. Desgualdo havia exumado o cadáver e o (re?)colocou no mesmo local da represa durante três dias, donde foi constatado que animais predadores atacaram o cadáver. Ele ainda citava fotografias que alegava comprovar o que dizia. No entanto, o Dr. Desgualdo, na realidade, só tomou conhecimento do caso três anos depois de ocorrido. Encarnación entrevistou o Dr. Desgualdo após esta reunião, e o mesmo desmentiu as informações dadas pelo delegado presente na mesma. O Dr. Desgualdo afirmou que, realmente ocorrera uma experiência deste tipo, mas que a mesma se tratava de um cadáver de cachorro e não do infeliz encontrado em 1988.

No corpo do cachorro foram feitas incisões e cortes semelhantes aos que o cadáver apresentava. Ele foi colocado no mesmo local onde fora encontrado o moribundo. Em pouco tempo o cadáver do cachorro foi atacado e devorado. Posteriormente Encarnación entrevistou outro envolvido com a experiência, o qual reafirmou o que foi dito pelo Dr. Desgualdo. Ele acrescentou apenas que, em sua opinião, acreditava que o cadáver realmente tinha sido atacado por predadores e a queimadura existente teria sido provocado por um raio. Porém, Encarnación cita em sua matéria que nos autos da polícia não constam declarações sobre tempestades ou coisas do gênero.

 
Apenas algumas das dezenas de horripilantes fotos do cadáver de Guarapiranga estão nessa matéria. Note-se a remoção de vastas extensões de pele, bem como a extirpação dos globos oculares. Aquilo que o laudo pericial define como “esvaziamento das partes moles” significa que, através de um pequeno orifício perfeitamente visível na região do braço direito, carnes e músculos foram aspirados!

Outros orifícios semelhantes existiam no corpo, na virilha e na região torácica . Por intermédio deste último, todos os órgãos internos foram sugados. À semelhança de outros casos, quase não havia sequer uma gota de sangue no cadáver!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Dilma e o Mar de Monstros!

A Presidente Dilma investe na carreira cinematográfica e aparece no filme Percy Jackson e o Mar de Monstros!!! 



sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Pastores evangélicos são desenhados como demônios por artista

No inicio do ano, o site da revista cultural MadMag deu um grande destaque para as caricaturas de um artista de Curitiba que retrata pastores como demônios e está gerando controvérsia.

 

Na matéria intitulada “Pastores brasileiros ganham look diabólico na mão de artista”, assinada por Brunella, líderes evangélicos são retratados em desenhos como se fossem o diabo.

 

Os desenhos foram feitos por Butcher Billy como uma forma de protesto e de acordo com o texto publicado pelo veículo, o artista usou como base para escolher os alvos da manifestação a lista da revista americana Forbes, que traz os nomes dos pastores mais ricos do Brasil.

 

Ainda segundo o site da revista Madmag, o artista curitibano resolveu produzir os desenhos como protesto pelo que ele acredita ser um processo de“arrecadações milionárias, declarações preconceituosas e outras coisas desagradáveis” por parte dos pastores evangélicos.

 
Entre os evangélicos retratados com uma aparência diabólica estão: 

o bispo Edir Macedo, o pastor Valdemiro Santiago, Silas Malafaia , R.R. Soares, Estevam Hernandes, Sonia Hernandes e o pastor e deputado federal Marco Feliciano, eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Peter La Anguila, o verdadeiro Slender Man!

El Peter La Anguila, um cara que parece mais um cruzamento do Slender Man com o Et que trabalhava com o Rodolfo no Domingo Legal.





 


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Robert - O Boneco Assombrado

Em 1896, a escrava de um rico comerciante deu ao filho do seu dono um boneco de palha que, segundo consta, havia passado por um ritual de magia negra. O garoto Eugene batizou o boneco de Robert e, durante a sua infância, toda vez que algo ruim acontecia e a culpa recaía sobre Eugene, ele dizia que Robert havia feito isso. 
Estranhos eventos começaram a ser relatados. Taças e talheres eram atiradas na sala de jantar, servos escondidos durante seus turnos da noite enquanto ouviam barulhos de roupas sendo rasgadas e papeis que eram amassados e jogados no chão em aposentos esquecidos da casa. Brinquedos queridos de Eugene começaram a aparecer multilados quando no profundo da noite se ouvia uma fina risada. 


O jovem Robert adorava conversar com seu amiguinho, e alguns empregados repararam que o boneco parecia responder, ou ao menos parecia haver um diálogo entre eles. Alguns também comentavam que a expressão do boneco mudava discretamente de tempos em tempos. Sorrisos maliciosos surgiam em seus lábios desenhados. Também haviam boatos de que o boneco desaparecia e surgia nos lugares mais inusitados. 

Vizinhos afirmavam ter visto o brinquedo nas janelas da casa quando a família estava fora, e membros da família Otto disseram ter ouvido em mais de uma ocasião uma risada tétrica vindo de algum lugar onde não havia ninguém, exceto o brinquedo. O boneco Robert assustava as pessoas durante o dia, mas a noite ele focava a sua atenção no jovem Robert Otto. O menino sofria de pesadelos e acordava no meio da madrugada, gritando de medo, a medida que móveis e objetos voavam pelo quarto e se espatifavam nas paredes. Robert parecia sempre apavorado, mas jamais contava o que estava acontecendo. Ferimentos e arranhões começaram a aparecer em seu corpo. Tufos de cabelo branco manchavam seus cabelos escuros. 

Em duas ocasiões o menino, na época com seis anos, desfaleceu e um médico foi chamado para examiná-lo. Averiguou-se então que ele apresentava marcas de estrangulamento no pescoço. Seus pais achavam que algum empregado pudesse estar por detrás dos ataques e mandaram todos embora. Mas os estranhos ataques continuavam acontecendo. Em uma noite, o menino foi encontrado de baixo da cama, estava paralisado de horror. Havia uma marca de mordida em seu pescoço. Quando finalmente despertou, o pai exigiu saber o que havia acontecido e aos prantos o menino respondeu: "Robert fez isso! Robert fez isso!" 

O boneco foi removido e os ataques imediatamente cessaram. Os jornais na época deram grande destaque a esses acontecimentos. 


Quando os pais de Gene morreram ele redescobriu Robert no sótão.



A esposa de Gene sentia-se desconfortável, até que um dia cansou-se do olhar incômodo do boneco e o devolveu ao sótão. Gene ficou chateado e exigiu que Robert tivesse um quarto só para ele, de onde pudesse ver a rua pela janela. Pouco depois a sanidade de Gene começou a diminuir. Os cidadãos de Key West relatavam ver Robert na janela rindo. Crianças evitavam passar perto da casa com medo do olhar maligno do boneco. 


Visitantes diziam ouvir passos no sótão e estranhas risadas, ate que após um tempo as visitas cessaram na casa de Gene. Conforme Eugene envelhecia, foi ficando extremamente abusivo com Anne, sendo descoberto depois que ela chegou a ser trancada diversas vezes no cubículo debaixo da escadaria várias vezes ao dia. 

Robert Otto faleceu em 1974, anos antes de sua morte, o boneco foi encontrado e repórteres tentaram falar com ele a respeito de suas experiências. Ele jamais quis falar sobre o assunto. Robert foi achado no porão da casa de campo dos Otto, vendida em meados dos anos 1950. Seu dono encontrou junto com o sinistro brinquedo, um caderno com recortes a respeito de sua estranha estória. Ninguém sabe quem reuniu os recortes. Posteriormente o brinquedo foi vendido a um colecionador (que segundo rumores morreu em um estranho incêndio) e finalmente doado para o museu.




Após a morte e enterro de Eugene, Anne foi para casa de sua família em Boston e colocou sua casa para alugar. Robert foi redescoberto no sótão pela filha de 10 anos dos novos proprietários da casa. Pouco tempo depois a menina começou a se queixar que Robert a torturava e infernizava sua vida. 


Mesmo após 30 anos ela continua a afirmar que "A boneca estava viva e queria matá-la". Robert, ainda vestido em sua roupa branca de marinheiro está hoje em exibição no Key West Martello Museum. 
Funcionários do museu continuam a relatar estranhos fenômenos atribuídos a Robert: pessoas com marca-passos que param de funcionar na sua frente, assim como máquinas fotográficas (as autoridades do Museu gastaram 6 rolos de filme e muitas pilhas e só conseguiram uma meia dúzia de fotos para divulgação). Curadores do Museu reportaram terem visto Robert mudar de posição durante a noite, mesmo estando atrás de uma jaula de vidro. 

Pessoas que vão ver Robert também contam pasmas terem visto suas expressões faciais mudarem diante de seus olhos. Quem desejar tirar uma foto dele, deve pedir educadamente AO BONECO, se ele não concordar, a sua cabeça inclinará para o lado. Dizem que quem tirar uma foto de Robert sem a sua permissão, será amaldiçoado. 
Os visitantes que esquecem desses costume devem pedir desculpas. O grande número de câmeras que misteriosamente deixam de funcionar no exato momento em que o boneco é fotografado, ajudou a sedimentar a crença.

   

Fonte: http://www.robertthedoll.org/

O mundo das incertezas!


Se beber, não dirija!


domingo, 27 de outubro de 2013

Dumb Ways to Die no Rio de Janeiro!


Pra quem passou o ano de 2013 todo em coma e não sabe que o vídeo original de Dumb Ways to Die é uma campanha pro metrô da Austrália, pelo amor de deus assiste o vídeo aqui primeiro que é sensacional. 




Ele mostra formas estúpidas de morrer, incluindo andar nos trilhos do metrô etc. Agora resolveram fazer uma paródia da música mostrando formas idiotas de morrer… maaaaaaaaaaas… NO RIO DE JANEIRO. Simmmmm, os caras pegaram pesado na crítica social recheada de deboche e mostraram algumas formas bem idiotas de se morrer na Cidade Maravilhosa. 

Tem surf no trem, bueiros explosivos, balas perdidas e outras coisas comuns idiotas que poderiam te matar no Rio. 

Aconselho a quem é do Rio de Janeiro e se ofende fácil com essas coisas, que nem assista o vídeo. Ou então assista e fique reclamando nos comentários do blog ali em baixo, sei lá, depende o tipo de chato que você é. 

Polêmicas a parte, o vídeo ficou muito bom: